Os profissionais da Saúde em Navegantes, participaram na quinta-feira (10), no Cineteatro Municipal, de uma importante capacitação sobre a Febre do Oropouche e a prevenção da Dengue.
A bióloga Francine M. Lambrecht, da DIVE/SC, trouxe informações essenciais sobre o controle da Febre do Oropouche, enquanto o Secretário de Saúde, Pablo Sebastian Velho, falou sobre a Dengue e os desafios que as duas doenças representam para o município, especialmente com a chegada do verão.
Conforme o Ministério da Saúde, o Oropouche é uma doença causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), tendo sido identificado no Brasil pela primeira vez em 1960, numa amostra de sangue de uma bicho-preguiça. Hoje, a transmissão ocorre principalmente pelo inseto conhecido popularmente como maruim (Culicoides paraensis).
Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias e, ao picar uma pessoa saudável, ele pode transmitir o vírus.
O maruim é bastante frequente no município de Luiz Alves, que decretou situação de emergência no primeiro semestre deste ano após uma infestação do mosquito. A explicação para isso foi a produção de banana na cidade, pois a decomposição da bananeira é um dos principais ambientes em que a larva do mosquito se desenvolve.
Os sintomas são muito parecidos com a dengue, como dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.
Justamente pelas semelhanças é que a capacitação teve um segundo momento, em que o secretário de Saúde de Navegantes e médico infectologista, Pablo Sebastian Velho, ministrou sobre a dengue, já que as doenças ocorrem em épocas concomitantes no ano e devem voltar a ter novos picos de casos dentro dos próximos meses com a proximidade do verão. A subida da temperatura e a maior incidência de chuvas faz com que a reprodução dos insetos responsáveis pelo Oropouche e a dengue aumente.
Segundo o gestor da Saúde no município, é devido às semelhanças das doenças que se torna tão importante esse tipo de capacitação, para que os servidores da saúde possam diferenciá-las e tratá-las, dando o devido encaminhamento para cada uma delas, bem como ajudar a orientar a população a se prevenir e evitar a proliferação dos mosquitos responsáveis pela transmissão dessas doenças.