Mais de 50 presos, apreensão de drogas, R$ 60 mil, celulares e anotações do tráfico. Esse é o balanço da Operação “Network” da Polícia Civil de Santa Catarina até a tarde desta quinta-feira (25), que combate organização criminosa envolvida em tráfico de entorpecentes e comércio ilegal de armas de fogo.
A ação busca cumprir 150 mandados expedidos pela Justiça, sendo 83 mandados de prisão temporária e 67 mandados de busca e apreensão. São 12 meses de investigação, coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DRACO/DEIC).
A operação que foi desencadeada ainda na madrugada, abrange 10 cidades catarinenses (Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Canelinha, Criciúma, Itapema, Taió, Pouso Redondo) e o município de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Foram mobilizados 330 policiais civis de Santa Catarina, com o apoio da Polícia Civil gaúcha.
“Esta investigação começou em 2019 sobre um indivíduo que possui uma rede de contatos de aproximadamente 83 pessoas no entorno dele. Por isso a operação foi batizada de Network”, pontuou o delegado responsável pelas investigações, Antônio Cláudio Joca, da DRACO/DEIC.
Segundo o delegado, o investigado responsável pelo comércio ilegal de arma de fogo articulava com alvos nas ruas da Grande Florianópolis, onde negociava armas de grosso calibre, fuzil, pistolas e grande quantidade de drogas. Joca atribui o sucesso da operação aos “dedicados policiais civis da DRACO e de todo o Estado de SC que participaram”. Foram presas 52 pessoas e houve apreensão de maconha e cocaína.
Foto de armas gerou investigação
A investigação começou a partir de uma foto de armamento que a Polícia Civil recebeu em grupos de rede social, onde integrante de organização criminosa estava negociando as armas. Para o diretor da DEIC, delegado Luis Felipe Fuentes, esta é mais uma operação de grande vulto da Polícia Civil que visa manter a pressão sobre essa facção criminosa.
“É importante que as unidades policiais continuem o que estão fazendo em todo o Estado e esta dedicação na investigação complexa e bastante complicada, tendo em vista ainda a pandemia. Mas conseguimos um esforço conjunto de várias unidades e outras delegacias que nos prestaram apoio para trazer à Justiça o máximo de pessoas envolvidas com essa organização criminosa”, assinalou o diretor.