A Secretaria de Estado de Saúde confirmou nesta segunda-feira (11) que Santa Catarina tem 3.529 casos de Covid-19. Apesar do aumento nos últimos dias, o Estado contabiliza 1.878 pacientes recuperados e 1.582 considerados doentes. A comparação é realizada apenas com dados oficiais – Santa Catarina realizou cerca de 15 mil testes.
Atualmente, 161 dos 295 municípios do Estado registraram o vírus. Florianópolis (392), Chapecó (328), Blumenau (299), Joinville (267), e Criciúma (213) lideram a lista.
Além do aumento de casos confirmados, o boletim desta segunda também aponta crescimento de óbitos. As mortes chegaram a 69 no Estado, em 36 municípios de todas as regiões.
Santa Catarina tem 113 pacientes internados em leitos de UTI entre suspeitos e confirmados com a doença. A taxa de ocupação de leitos SUS reservados para Covid-19 está em 17%.
“A gente tem mantido índices dentro daquilo que nós havíamos imaginado. Esse é um dado que a gente começa a prestar bastante atenção. Os números estão controlados”, disse o secretário de Saúde, André Ribeiro.
“A manutenção desses índices que a gente considera índices bons… a gente precisa entender que as regras precisam ser mantidas. Inclusive o cidadão pode ser um fiscal”, acrescentou.
A atualização dos casos nesta segunda também marcou a estreia do novo secretário da Casa Civil, Amandio João da Silva Junior. Ele participou da coletiva de imprensa pela primeira vez após assumir o cargo e substituir Douglas Borba, citado no escândalo dos respiradores.
“Eu não poderia deixar de fora tudo aquilo que eu vivenciei no associativismo: as federações, o setor produtivo, a sociedade civil organizada precisam participar ativamente das decisões do governo e as nossas próximas ações são de aumentar o diálogo”, afirmou o novo secretário.
Oeste
A região Oeste apresentou um aumento expressivo de doentes nas últimas semanas. Chapecó passou de 27 confirmações para 328 em apenas 14 dias. No mesmo período, Concórdia passou de 32 para 139.
O governo do Estado recomendou que se tomassem medidas restritivas nestas regiões, o que foi acatado em parte pelos municípios. “Algumas regiões precisam ter atenção redobrada”, disse Ribeiro.
Na última semana, o secretário havia dito que “é muito difícil identificar os motivos” e que “existem diversos fatores” para o avanço da doença no Oeste. “A gente percebe que apesar das recomendações em alguns ambientes elas não são seguidas como deveriam ser seguidas. Tem uma característica específica que é a atividade industrial e econômica que também aproxima as pessoas em ambientes. Isso também pode ter sido um fator desse problema”, afirmou.
O governador Carlos Moisés da Silva voltou a afirmar que os municípios serão responsáveis por restringir as atividades já liberadas pelo Estado. “Se a gente perde o controle em determinada região, a gente não deve sacrificar todo o território catarinense. A gente entende que a intervenção deve ser local com apoio e legitimidade da autoridade sanitária que vai entender a partir da análise de dados”, disse.