O debate sobre políticas públicas para as mulheres no âmbito do município de Navegantes, realizado na quinta-feira (28), às 19 horas, no auditório do Poder Legislativo, contou com grande adesão das autoridades convidadas e ótima participação do público, através de comentários na transmissão da TV Câmara.
O evento teve 2h30 de duração e serviu para as autoridades debaterem em público sobre a necessidade de ampliar os mecanismos e instrumentos para reduzir a desigualdade de gênero, as injustiças e os abusos, combater a violência e oferecer condições para que as mulheres alcancem sua independência.
Na ocasião, os participantes mostraram alguns dos principais problemas e falhas na cobertura da rede de atendimento às mulheres em Navegantes e discutiram sobre as soluções a serem implantadas e os desafios a serem superados para que a cidade se torne referência na proteção às mulheres vítimas de violência e preconceito.
Entre os apontamentos citados por autoridades e munícipes estão: a falta de uma casa de passagem para receber vítimas de violência; a falta de cursos profissionalizantes e políticas públicas de planejamento familiar; a ausência de Defensoria Pública; leis que punam o agressor e não a vítima; ampliação do atendimento na Delegacia de Polícia Civil para fins de semana; e o avanço do projeto da Casa da Mulher Brasileira, um espaço para atendimento de vítimas de violência que reúne equipe multidisciplinar e é uma das bandeiras da Procuradoria da Mulher de Navegantes.
Iniciativa da Procuradoria da Mulher
A audiência foi solicitada pela Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Navegantes e comandada pela procuradora da Mulher, vereadora Sol Dapper (DEM), acompanhada da procuradora adjunta, vereadora Lú Bittencourt (PL), e do 2º procurador adjunto, vereador Gabriel dos Anjos (PSC).
Para a procuradora, o evento foi um sucesso de audiência e conteúdo. “Com certeza, com a riqueza de informações, sugestões, opiniões e demandas apresentadas durante a audiência, poderemos trabalhar políticas públicas que atendam às necessidades das mulheres. Deixo o questionamento que apresentei durante a audiência para que possamos refletir: por que tem de ser a mulher a sair de casa nos casos de violência contra a mulher?”, indaga a procuradora.
Participaram do evento o vice-prefeito de Navegantes, Wancarlos Corsani (PSL), o secretário de Assistência Social, Aldo Decker, a representante da OAB/Navegantes, Roberta Elisa Corrêa, a juíza de direito da Vara Criminal, Marta Regina Jahnel, a promotora de justiça Maria Cristina Ribeiro, a presidente do Conselho Municipal da Mulher, Rosangela Ristow, a presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Odivéte Gaya, a Soldado Luana, do 25º Batalhão de Polícia Militar, e o delegado de Polícia Civil, Roney P. G. Alves, entre outras autoridades e munícipes.