10 de novembro: Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

A perda auditiva é uma das deficiências mais comuns na população brasileira. Por isso, 10 de novembro foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção a Surdez para conscientizar as pessoas sobre a importância de manter cuidados diários com a audição. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a perda ou diminuição da capacidade de ouvir pode ser causada por uma série de fatores: otites mal curadas ou de repetição; uso de remédios ototóxicos – prejudicais à audição; problemas no tímpano, tumores, envelhecimento, frequentar ou trabalhar em locais barulhentos; uso contínuo de fones de ouvido em volume alto; hereditariedade, entre outros fatores.

Para evitar a deficiência auditiva, é preciso ter em mente alguns cuidados com a audição, assim como fazemos com o restante de nosso corpo. Achar que surdez é uma preocupação somente na terceira idade é ideia ultrapassada. Apesar do distúrbio ser frequente em idosos devido à degeneração das células sensoriais da audição ou do nervo auditivo, a perda auditiva também pode atingir crianças, adolescentes e adultos; e isso já vem ocorrendo em escala cada vez maior por causa da ‘overdose’ sonora que nos rodeia.

“Sempre que sentirem uma diminuição na audição ou zumbido – o que pode ser o primeiro sinal de perda auditiva -, as pessoas devem buscar a orientação de um médico otorrinolaringologista. É preciso investigar as causas e tomar providências imediatas para evitar o agravamento do quadro. Se for constatada perda auditiva, uma das opções de tratamento é com o uso de aparelhos auditivos”, explica a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

A boa notícia é que podemos tomar precauções para evitar a perda de audição precoce. Existem várias formas de prevenção. A fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex, que é especialista em audiologia, dá várias orientações.

  • Em casa, modere o som da TV e de aparelhos sonoros (em volume de até 60 decibéis);
  • Não ligue a TV, rádio, máquina de lavar, liquidificador e outros eletrônicos ao mesmo tempo;
  • Evite o som muito alto no carro e circule com os vidros fechados para evitar os ruídos externos; 
  • Não deixe seus ouvidos se costumarem ao som alto, nem em casa, nem no carro, nem no trabalho. Preste atenção e proteja-se;
  • Cuidado com a música alta nas academias. O barulho pode chegar a 110 decibéis. Proteger a audição também é cuidar do corpo;
  • Evite permanecer por longos períodos em ambientes fechados com música alta ou ruídos em excesso;
  • Em festas, shows ou micaretas, fique longe das caixas de som. Se houver zumbido nos ouvidos é sinal de alerta que deve ser investigado;
  • Use protetores auditivos em você e, principalmente, nas crianças, quando estiver em locais muito barulhentos;
  • Dê um descanso aos ouvidos. Mantenha-se em silêncio sempre que possível, principalmente depois de dias agitados. A prática traz uma série de benefícios, inclusive para a audição;
  • Crianças, adolescentes e adultos que usam fones de ouvido com frequência correm maior risco de perda auditiva, principalmente ao ouvirem música em volume elevado e por horas seguidas. O limite máximo é de 85 decibéis por 45 minutos;
  • Cuidado com objetos pontiagudos ou cotonetes na região da orelha. Eles podem empurrar a cera para o tímpano e até perfurar a membrana timpânica, afetando a audição;
  • Cuidado com gripes, otites e sinusites mal curadasInfecções frequentes ou que não foram devidamente tratadas podem causar danos à audição;
  • Cuidado com medicamentos que podem causar danos à audição, como anti-inflamatórios e até aspirina, que tomados em excesso podem levar à perda auditiva; 
  • No ambiente de trabalho, não esqueça de utilizar protetores auriculares sempre que exposto a ruídos elevados;
  • Atenção motoqueiros! Motocicletas, principalmente as de média e altas cilindradas, emitem ruídos em torno ou acima de 95 decibéis, o que é prejudicial à audição;
  • Quem tem mãe e/ou pai com problemas auditivos deve procurar um especialista com antecedência. Em muitos casos, a perda de audição é fator genético;
  • Faça o teste da orelhinha no bebê logo após o seu nascimento, mas avalie novamente a audição na época da alfabetização. Criança que não ouve bem tem dificuldades na aprendizagem.