A maioria das cidades são do Oeste e Extremo-Oeste, onde em muitas localidades o abastecimento de água está comprometido. Isso porque há vários meses a chuva é precária.
De acordo com levantamento da Epagri, o déficit de chuvas em outubro no Oeste foi de 156 mm em relação à média histórica. A redução também é importante no Extremo-Oeste (-147 mm) e no Meio-Oeste (-141 mm). Além disso, a falta de chuvas também afeta os rios e bacias hidrográficas.
Boletim desta semana aponta que 20 dos 38 rios monitorados pela Epagri e pela Agência Nacional de Águas (ANA) no Estado estão em níveis de estiagem. Entre os 20, 10 são considerados em estado de emergência. Para piorar, a previsão para os próximos três meses é de chuva irregular e insuficiente.
Além disso, a falta de água já afeta a safra 2020/2021. Com o solo seco, a germinação das áreas de milho foi prejudicada e o setor estima
redução de produtividade e de qualidade do grão.

Energia
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Energia de SC (Apesc), Gerson Berti, a estiagem, e consequente baixa nos reservatórios, deve afetar a produção de energia e pressionar preços. “Vamos ter uma pressão de custos durante este ano e o ano que vem, e a transferência desse ônus para os consumidores finais”, disse.
Para o especialista no setor e presidente da consultoria em energia ENERCONS, Ivo Pugnaloni, uma saída para evitar o problema são usinas híbridas, que trabalhem com mais de uma fonte de energia. “Quando é época de chuva, tem muita água e pouco vento. Quando tem muito vento, tem pouca água”, disse.

Os 23 municípios
Águas de Chapecó, Arvoredo, Bandeirante, Barra Bonita, Belmonte, Coronel Martins, Descanso, Flor do Sertão, Itapiranga, Jaborá, Lindóia do Sul, Mondaí, Nova Itaberaba, Palmitos, Paraíso, Peritiba, Presidente Castello Branco, Riqueza, Santa Terezinha do Progresso, São Miguel da Boa Vista, Saudades, Tigrinhos, e Treze Tílias.