O consumo diário de gás natural em Santa Catarina cresceu 21% na passagem de junho para julho, saltando de 1,5 milhão de m³ para 1,9 milhão de m³. Com o aumento, o Estado voltou a operar próximo ao limite contratado pela Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) junto à Petrobras, de 2,1 milhões de m³ diários.

A situação preocupa o setor produtivo. Os presidentes da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, e da SCGÁS, Willian Anderson Lehmkuhl, reuniram-se no início de agosto para discutir possíveis soluções. No curto prazo, uma das opções é a utilização de outros modais de fornecimento que não o gasoduto de transporte, como a importação de gás comprimido ou liquefeito via contêineres.

Nesta caso, a SCGÁS precisaria realizar uma nova chamada pública. “Precisamos nos preocupar com alternativas para assegurar o suprimento, especialmente se no futuro for confirmada a redução nas tarifas”, destacou Aguiar.

“A tarifa competitiva e a política extraordinária praticadas pela SCGÁS, aliadas à recuperação do mercado catarinense, justificam os resultados positivos e proporcionam boas perspectivas para o
último trimestre”, ressaltou Lehmkul.

Para o médio prazo, a possibilidade apontada seria a repotencialização da capacidade de entrega do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). Com isso, a empresa conseguiria transportar mais gás na estrutura já existente. Já no longo prazo, a ampliação da oferta dependeria da implantação de um terminal de GNL em um dos portos do Estado. Esse investimento permitiria a expansão do gasoduto de transporte em direção à região Oeste – atualmente o gás canalizado chega até a Serra catarinense.